Não tenho nada de interessante! Ansiedade e Autoestima

Segundo o profissional, a ansiedade é um combustível que alimenta a baixa autoestima. Nem sempre ela é negativa, mas uma pessoa que sofre por antecipação pode estar se sentindo em desvantagem, tornando-se insegura.

Eu sei que você já olhou no espelho e pensou isso.

Mas preciso te dizer que não é verdade, como eu sei disso? Vou te contar!

A autoestima é um sentimento desenvolvido durante a formação crítica que acontece na infância, conforme a criança recebe elogios de pessoas próximas é criado uma sensação de “dever cumprido” e essa prática contribui para a construção da autoestima do indivíduo.

É natural que durante a vida adulta existam situações que possam deixar as pessoas com baixa autoestima, criando a afirmação “sou tão desinteressante”. A  baixa autoestima se manifesta de forma não proposital, podendo ser baseada em experiências particulares como: situações de não pertencimento, próprias cobranças, mau humor, experiências ruins com outras pessoas, raiva, medo do novo.

Pesquisadores do comportamento humano encontraram como solução para a baixa a autoestima na prática  da autovalorização, podendo ser construído em sessões de psicoterapia, já que em alguns casos as cicatrizes que impedem esse exercício são mais profundas.

Nesses casos a cobrança interna de ser sempre “o melhor” para agradar o outro, medo de não pertencer, de ser rejeitado, receio de críticas e julgamentos torna o indivíduo ansioso, atrapalhando ainda mais o processo de se conhecer e permitir ser único.

Se você permite ser algo único e tem o direito de ser e fazer o que te agrada não tem necessidade de se preocupar com detalhes que não estão sob o seu controle e para isso é necessário o autoconhecimento.

Mas para que isso aconteça você pode aprender a gostar de si e entender que até as suas falhas durante a sua jornada te trouxeram até o hoje.

Existem algumas práticas que podem auxiliar, são elas:

  • Propiciar sensações “positivas”, felicidade, satisfação, bem-estar, realização, contentamento;
  • Desenvolver tomada de iniciativa e pró-atividade;
  • Busque fortalecer atitudes reconhecidas e valorizadas;
  • Evite tarefas perfeccionistas;
  • Não mantenha o foco em sentimentos ruins, inseguranças, preocupações e medos de novos desafios.

Se você não consegue iniciar esse processo, mesmo que entenda a necessidade, é preciso criar uma rede de apoio. Escolha pessoas que vão lhe auxiliar nesse processo seja amigos, familiares ou até mesmo uma ajuda profissional na terapia. Não tente lidar sozinho com as suas angústias, elas podem te levar a ansiedade e baixa autoestima.

 

Elizete Caliman

Psicóloga

CRP 09/6582

 

Fontes:

Lealy, R.L. (2011). Livre de ansiedade. Porto Alegre: Artmed.

 

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